sábado, 8 de outubro de 2016

Como outro dia qualquer...

Como outro dia qualquer, eu havia ido trabalhar sabendo desde o início que seria diferente. Passei a noite anterior conversando com Alex de forma nem um pouco inocente combinamos o que seria um dia inesquecível.
O dia estava correndo bem, dentro da rotina, estava a concluir o expediente e meu trabalho. Naquele dia, disse ao meu colega que ele poderia ir embora mais cedo, pois eu havia combinado de me encontrar com algumas amigas mais tarde perto dali, e sendo assim ficaria adiantando o serviço para matar o tempo. Nunca foi meu forte mentir e apesar de ele não ter acreditado, ele foi embora. 
Enquanto Alex não aparecia, eu resolvi que deveria fechar a porta e desligar uma luz, para ninguém desconfiar que eu ainda estivesse ali. Ele chegou meia hora depois entregando alguns documentos e me olhando com a mesma cara que havia me olhado o dia inteiro. Um olhar que não sei descrever até hoje. Eu sabia o que aconteceria daqui uns bons amasso e dez minutos, mas ainda assim, dei um sorriso de lado e balancei a cabeça.
Eu não estava negando ele ou o fato, apenas não acreditava apesar de estar bem na minha frente abrindo a camisa flanela xadrez, que venhamos e convenhamos, caia muito bem em seu corpo. Antes mesmo de ele perceber, eu já estava a poucos centímetros dele, ajudando-o a tirar a camisa e naquela distancia, estávamos respirando o mesmo ar em uma sala com ar condicionado ligado em 25°. Ele estava terrivelmente bonito com uma regata branca, e eu estava decidida a apenas observar, sem dar o primeiro passo.
Apesar do calor da sala, ele estava com as mãos geladas quando passou os dedos pelo meu rosto e a outra mão alcançou meu quadril para me puxar mais perto dele. Dei um beijo em sua bochecha, indo em direção a sua boca. Antes de realmente alcançar a boca, olhei em seus olhos e percebi o quanto o desejo estava ali. Demos um beijo ardente, rápido no início, mas depois mais lento e intenso.


Estávamos expostos, pois a parede de um dos lados da sala era de vidro. Eu tinha noção disso, ele tinha. Estávamos cientes da situação, mas aos olhares dos outros seria apenas um beijo apaixonado. Puxei-o para um pequeno banheiro que havia dentro da sala, mal cabiam duas pessoas ali, e melhor que fosse assim para ficarmos mais juntos, sentindo o calor do corpo um do outro. Estávamos dispostos a realizar o fetiche de muitos, inclusive o nosso. Estávamos dispostos a matar nosso desejo ali mesmo, se necessário.



Um comentário:

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