sexta-feira, 22 de maio de 2015

duo milia et duodecim

E eu que pensava que ter te conhecido tinha sido o melhor que poderia ter acontecido na minha vida. Mas eu estava errada. Extremamente errada. 
Tudo o que você deixou foram mágoas, ressentimentos, e desejo. Desejo de nunca mais te ver pela frente. Desejo de voltar no tempo e fazer com que as coisas fossem diferentes. 
Eu me esforcei para fazer dar certo. Eu tentei. Juro que tentei. Enquanto você levou na brincadeira, eu considerava algo sério. E talvez seja esse meu trauma mais recente. Talvez seja esse o motivo de eu não conseguir me apaixonar novamente. Você é a pedra no meu sapato que eu tento esquecer, que eu tento fingir não estar ali. 
Gostaria que não fosse assim. Gostaria que as coisas fossem diferentes. Gostaria que por mais de não estarmos mais juntos, eu não tivesse ressentimentos. Evito escrever sobre você, porque escrever sobre tal, é o mesmo que voltar no passado, é o mesmo que ser aquela menininha tola da qual eu não sou mais. 
Mas a grande verdade, é que até hoje eu penso em ti, e penso no quanto tu me machucou, e no quanto eu tenho nojo de mim mesma por ter gostado um dia de ti. 
Claro que você não me trouxe só desgraça, você é o motivo de eu não confiar em mais ninguém. É o motivo do qual eu me mantenho mais solitária e até mesmo mais reservada. Você fez eu crescer, e por um lado eu te agradeço. Mas ainda desejo que nada tivesse acontecido. 


sexta-feira, 15 de maio de 2015

2. Cidade das Cinzas.

Para quem não leu o primeiro volume da saga, eu sugiro que não leia nada deste post. 
Para quem já leu o primeiro, mas não leu o segundo livro ainda, eu sugiro que não lei o terceiro texto.  CONTÉM SPOILERS!  
Sinopse: Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é "normal" quando você é uma Caçadora de Sombras especializada em matar demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que um simples "amigo". Mas o mundo dos Caçadores não está disposta a abrir mão de Clary - especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe deles parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Vantim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.   Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se isso for verdade, qual seria o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar - e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo que acredita para ajudar o pai? Nesta sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumento Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do Submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações. 
O que está escrito atrás: No mundo dos Caçadores de Sombras, ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão, está cada vez mais impossível e não parece medir esforços para enfurecer a todos. E sua atitude de bad boy  não ajuda em nada quando, após o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para interrogá-la... Agora Jade é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?
E aí galerinha!! Como já avisei e aviso novamente, se não leram o livro, não leiam este texto porque contêm spoiler sim! 

Estou adorando ler essa saga. Obviamente, houve momentos que eu fiquei com certo "nojo" como por exemplo, o romance de Clary e Simon, eles não tem qualquer química para manter um relacionamento. Mas vamos em partes: 

Clary e Jace tem que lutar contra a atração que sentem um pelo outro, o que é bem angustiante para quem torce para o casal(obviamente, sim, eu torço muito para este casal e não acredito que sejam irmãos). Achei que o primeiro beijo de Clary com Jace tinha sido de tirar o fôlego, mas o segundo... Meu Deus ♥   Mais para o final do livro, Jace diz a Clary que sente muito por ter forçado a barra com ela, e que a partir daquele momento a veria apenas como irmã(justo quando ela ia se declarar para ele) 

Quanto aos Lightwwod, conhecemos principalmente Maryse. Mas também existem aparições de Robert que são os pais de Alex, Isabelle e Max, o irmão caçula. Maryse é a figura materna de Jace, e quando ela o "rejeitou" por causa das revelações do final do livro passado, partiu meu coração. Apesar de terem tido uma relação bem tumultuada, tudo se acertou no final do livro entre os dois, e foi lindo ver Jace e Maryse juntos. ♥  
Isabelle foi meio deixada de lado, não teve muitas aparições dela, mas mais do seu irmão Alec, que teve bastante desenvolvimento, principalmente no assunto de sua opção sexual, que não é nenhum segredo para quem leu o primeiro livro da saga. No início, eu não gostava de Alec, mas agora eu estou gostando dele, estou conhecendo melhor seu personagem. Estou amando ver ele com o Magnus Bane ♥ na verdade, não é que seja descrito com todos os detalhes, mas tem bastante insinuações... 

Mas voltando ao nosso querido Simon, talvez foi ele quem desenvolveu uma evolução mais interessante. De um personagem totalmente nerd , só servindo tecnicamente para formar um triangulo amoroso na história, foi para um personagem mais forte, e respeitável(até Jace o respeita mais). O surgimento de Maia também, a licantrope do bando de Luke, deve melhorar ainda mais o enredo em si. 

Eu não ia contar para vocês porque isso é um baita spoiler, MAS...  Quase chorei quando Valentim quase matou Simon, deixando apenas um pouco de sangue no corpo para ficar sofrendo... E adivinha quem o salvou dando o próprio sangue?! Clary!! #SQN!!! HAHAHAHAHA, Jace o salvou *-* E não sei se tem algo a ver ou não, mas eu acredito que sim; depois que ele bebeu quase todo sangue do Jace, Simon agora pode sair durante o dia, sair no sol. Além do mais, Simon termina com Clary *-* Apesar de achar Maia e Simon fofos juntos, também gosto de Isabelle e Simon ♥ 

Não sei exatamente o que falar sobre a Inquisidora, que consegue deixar todos contra Jace, insinuando que ele era cúmplice de Valentim, sendo que em nenhum momento do livro Jace mostrou confiar em Valentim, pelo contrário, Jace sempre se mostrou ao lado da Clave. Ao lado do que ele acreditava, ao lado dos Lightwood... Então, fiquei com uma certa raiva da Imogen(inquisidora). Ela tecnicamente perseguiu Jace o livro inteiro! 

A história acaba com o encontro de Clary com uma das amigas da sua mãe, que diz saber como reverter o feitiço do coma induzido. 


Como eu já disse, sintam-se livres para comentar e até mesmo criticar. Acredito na teoria que críticas são importantes para melhorar.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Livro: Ovelhas Negras

Ganhei esse livro de amigo secreto no meu antigo trabalho, no PJ. De uma pessoa que eu conhecia desde tinha começado a trabalhar lá, mas como não era no mesmo lugar, não criamos amizade. Mesmo depois que a "criatura" foi trabalhar no mesmo setor que eu, mas em prédios diferentes.
Enfim, sobre a história do livro. Não é uma história, são contos. E foi o primeiro livro que eu li que é nacional. Sinceramente, não eu não terminei de ler os contos. Mas a princípio, gostei, principalmente do conto A maldição de Saint-Marie que não compartilharei com vocês porque se não, vou acabar contando a história. O bom desse livro, é que tu pode levar para uma viagem e ler quando não tem nada pra fazer ou durante a viagem, porque são contos.
Confesso a vocês, que no início eu não sabia porque era censurado; então chegando mais para parte do final do livro, percebi que os contos estavam ganhando novos rumos, e ficando um tanto mais "quentes" comparado ao início do livro.

O livro é do Caio Fernando Abreu, com contos de 1962 a 1995.

Introdução: Nunca pertenci àquele tipo histérico de escritor que rasga e joga fora. Ao contrário, guardo sempre as várias versões de um texto, da frase em guardanapo de bar à impressão no computador. Será falta de rigor?  Pouco me importa. Graças a essa obsessão foi que nasceu Ovelhas Negras, livro que se fez por si durante 33 anos. De 1962 até 1995, dos 14 aos 46 anos, da fronteira com a Argentina à Europa. Não consigo senti-lo - embora talvez venha a ser acusado disse, pois escritores brasileiros geralmente são acusados, não criticados - como reles fundo-de-gaveta, mas sim como uma espécie de autobiografia ficcional, uma seleta de textos que acabaram ficando fora de livros individuais; outros, por mim mesmo, que os condenei por obscenos, cruéis, jovens, herméticos etc.; outros ainda simplesmente não se enquadram na unidade temática ou/e formal que sempre ambicionei em meus livros de contos. Eram e são textos marginais, bastardos, deserdados. Ervas daninhas, talvez, que foi aliás um dos títulos que imaginei. Foram às vezes publicados em antologias, revistas, jornais, edições alternativas. Mas grande parte é de inéditos relegados a empoeiradas pastas dispersas por várias cidades, e que só agora - como pastor eficiente que me pretendo - consegui reunir. Cada como tem seu "o conto do conto", frequentemente mais malucos que o próprio, e essas histórias também entram em forma de miniprefácios. A ordem é quase cronológica, mas não rigorosa: alguns tinham a mesma alma, embora de tempos diversos, e foram agrupados na mesma, digamos, enfermaria. Eram cerca de seiscentas páginas e cem textos, material para uns três rebanhos... O que ficou foi o que me pareceu "melhor", mas esse "melhor"  por vezes é o "pior" - como a arqueológica novela A maldição dos Saint-Marie, melodrama escrito aos quatorze anos. Claro: há autocomplacências, vanguardismos, juvenílias, delírios, lisérgicos, peças-de-museu. Mas jamais o assumiria se, como às minhas outras ovelhas brancas publicadas, não fosse eu capaz de defendê-lo com unhas e dentes contra os lobos maus do bom-gostismo instituído e estéril. Remexendo , e com alergia a pó, as dezenas de pastas em frangalhos, nunca tive tão clara certeza de que criar é literalmente arrancar com esforço bruto algo informe do Kaos. Confesso que ambos me seduzem, o Kaos e o in ou dis-forme. Afinal, como Rita Lee, sempre dediquei um carinho todo especial pelas mais negras das ovelhas. ( O Autor-Pastor 1995)

Então, é tudo que tenho a dizer por hora!! É um bom livro para presente.
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